segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CARNAVAL DA BAHIA

Bahia já anuncia Carnaval de 2010

O comércio do Carnaval na Bahia já vende pacotes para a folia de momo no ano de 2010

Que Salvador respira apenas Carnaval, não é novidade alguma. O curioso, para turistas e imprensa que chega à cidade, é perceber que o "comércio" do Carnaval na Bahia já vende pacotes para 2010. No Centro de Convenções, onde todos que compraram abadás vão buscar seus kits, a movimentação dos panfleteiros é grande.

A movimentação de turistas de todo o Brasil e de outros países fazendo compras pré-folia na Central do Carnaval é intensa. Na entrada, cambistas "aos milhares" vendendo e comprando abadás. Outro sucesso é a customização. Os foliões pagam R$ 20 para personalizar as suas roupas e arrasar no circuito.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

TECNOLOGIA E VIDA SOCIAL

O homem moderno tem incluído em seu cotidiano uma série de hábitos recheados de alta tecnologia, que o empurra cada vez mais para o isolamento, refletindo em seu convívio social, transformando toda a sociedade. Por causa disso e do computador que nos interliga a todos os lugares, não há mais separação da casa e do trabalho, com isso temos o contrafluxo da urbanização- ninguém precisa viver nas grandes metrópoles para manter-se informado, pois faz isso facilmente com as novas tecnologias.

A revolução digital trouxe um golpe fatal com a chegada da internet. Ela oferece aos usuários o que as ruas já não podem oferecer mais: segurança, conforto, lazer sem gastar muito, parecendo uma saída aos problemas das cidades, mas não parece real, pois ela não substitui o contato social quando estes necessitam de olho no olho, como as relações afetivas por exemplo.

Com a vida digital a urgência de contato pessoal está cada vez mais em segundo plano. Com a entrada do computador na vida acadêmica por exemplo, alunos que trocavam experiências sobre suas disciplinas passaram a discutir só sobre programas de computador. As visitas feitas em museus de arte, espetáculos e cinemas caíram drasticamente.

Desse modo, é preciso repensar um pouco mais sobre as conquistas tecnológicas invadindo a vida social das pessoas, talvez o fato de tornar o computador mais secundário em suas atividades faça o indivíduo menos dependente dessa máquina conquistando novamente os contatos sociais reais e mais produtivos para cada pessoa.

Para André Lemos a tecnologia não é mais um instrumento de separação, ela se transforma em uma ferramenta convivial e comunitária.

Neste final de século, a dinâmica sócio-técnica que se instaura mistura as tecnologias digitais e a socialidade pós-moderna formando então a cibercultura, onde a forma técnica é transformada da apropriação técnica do social para apropriação social da técnica, havendo uma convergência entre o social e o tecnológico, é a socialidade que se apropria da técnica.

A socialidade é a multiplicidade de experiências coletivas baseadas no ambiente imaginário, passional, erótico e violento do dia-a-dia, Para Michel Mafessoli a socialidade é um conjunto de práticas quotidianas que escapam do controle social rígido, são os momentos de submissão da razão à emoção de viver o estar junto, assim é a socialidade que faz a sociedade. A cibercultura é marcada por esse comportamento.

Nos dias de hoje há um surgimento de uma "cultura do sentimento", Mafessoli identifica que seja formada por relações táteis, preocupando-se apenas com o presente vivido coletivamente. Isso caracteriza a formação de uma sociedade de comunicação estruturada através da conectividade generalizada, utilizando redes planetárias de comunicação( ciberespaço ) em tempo real. Esse comunitarismo tribal está presente nas redes telemáticas como a internet. A socialidade então vai ser alimentada pelas tecnologias micro-eletrônicas e pelo excesso de imagens. O que caracterizará a nova geração será a simultaneidade.

Com o desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informação, podemos reconhecer ainda outro tipo de sociedade, a sociedade da informação, constituída por um público altamente educado e que tem acesso ao conhecimento. Na verdade há várias interpretações existentes sobre essa sociedade, o que realmente é importante é que a informação alcançou um alto patamar na sociedade contemporânea.

A revolução da informática está fazendo o poder econômico mudar de mãos, que está obrigatoriamente passando pelas mãos de quem tem esse controle sobre a informação.

Vivemos em nossos dias uma pós –industrialização - substituição da industrialização pelos serviços e informações como forma de economia dominante .

Vivemos em uma sociedade baseada na mídia, mas as características informacionais que nós encontramos vão mais além do que sugerem os sistemas de televisão, rádio e jornal. Dessa maneira, se torna imprescindível examinar o significado, a qualidade e o valor da informação. É preciso saber quem produziu a informação, com seus objetivos e conseqüências, abrindo um caminho mais amplo para avaliar a sociedade de informação.

Alguns autores analisam algumas ansiedades a serem trabalhadas; como os transtornos que as novas tecnologias podem causar à rotina e rituais da família, ameaçando seus valores, que pode ser vista também como uma "revolução doméstica".

É preciso reconhecer o significado social que o consumo das novas tecnologias agrega para profissionais e estudantes, empregados autônomos e desempregados, homem e mulher e nos dias de hoje até nas crianças, que define seu caráter social através do poder da cultura familiar.

Com toda essa análise não podemos deixar de citar os que ficam excluídos desse processo, talvez esse seja o futuro imperfeito das novas tecnologias que se configura sobretudo pelas desigualdades culturais e econômicas cada vez mais impostas aqueles que se encontram a margem da sociedade, os "sem tecnologia".

Para remanejar o mercado e toda essa face da realidade é preciso encontrar caminhos criativos e políticas públicas para não aumentar ainda mais as diferenças de oportunidades e para que não sejam ampliados os tradicionais níveis de desvantagens. É preciso ir mais além das atuais atitudes que o governo toma, que além de serem insuficientes, são quase inúteis para abranger toda a nossa sociedade, que está carregada de diferenças sociais, culturais e econômicas.

A Química e a Vida no Universo

Com raízes na escola grega, o conceito evolucionista foi partilhado por Erasmus de Roterdão, por Buffon e por Lamarck. Foi porém Darwin quem deu pela primeira vez expressão a uma verdadeira teoria evolucionista, apoiando-se inicialmente na hipótese da geração espontânea (desmentida por Pasteur) e, mais tarde, numa presumível origem química. Contudo, a propósito de Marte e de supostos marcianos, Arrhenius sugeriu no princípio deste século que a Terra terá sido semeada com esporos vindos do espaço (panspermia). A presunção da origem química da Vida veio no entanto a reaparecer com Oparin durante o segundo quartel deste século, mas só com Urey e Miller, já nos anos cinquenta, apareceram os primeiros resultados laboratoriais a oferecer uma pista para a origem química da Vida na Terra e as bases para uma teoria da evolução química para a Vida. Os progressos alcançados depois do fim da Segunda Guerra Mundial na observação do espaço e no estudo do Sistema Solar levaram à suposição de que a Vida não será um exclusivo do nosso planeta, porquanto ela poder-se-ia ter originado em muitos outros lugares do Universo.

Em meados dos anos setenta, Crick e Orgel retomaram o conceito de panspermia, propondo que a Vida terá surgido na Terra por meio de esporos transportados por uma nave espacial enviada por seres inteligentes alienígenos (panspermia dirigida). No início dos anos oitenta novos resultados laboratoriais levaram a que o significado das experiências de Miller e doutros autores fosse posto em causa, ao mesmo tempo que da análise química de meteoritos se tornava possível antever um novo significado, mais universal, para estas experiências. Este novo significado inscrevia-se num conceito de evolução química universal, uma espécie de "panspermia química", que veio a ser suportado meia década mais tarde pelos resultados obtidos da observação do cometa de Halley. Com efeito, durante as duas últimas décadas tem vindo a tornar-se cada vez mais evidente que os elementos químicos gerados a partir de partículas de matéria emitidas pelas estrelas vêm a dar invariavelmente inúmeros compostos, contando-se entre eles todos aqueles que são indispensáveis para a produção dos chamados monómeros da Vida. Quando são produzidos ou transportados para ambiente apropriados estes mesmos compostos transformam-se naqueles monómeros. No estado actual da Ciência não é possível senão fazer conjecturas sobre como é que, ao longo dalguns dois ou três mil milhões de anos, tais monómeros evoluiram para originar os complexos compostos e mecanismos químicos que hoje conhecemos nos seres vivos. Mas, decorridos que são dez anos após a aparição do cometa de Halley, eis que um meteorito reconhecido como tendo vindo de Marte apresenta sinais fósseis supostamente de seres vivos unicelulares.

Meteorito marciano encontrado na Antártida em 1984.

Possível fóssil de bactéria encontrado no meteorito marciano ALH84001 ( Science, Agosto 1996). Tem uma idade de 4000 milhões de anos.

Por outro lado, alguns achados recentes e inesperados mostram que certas formas de vida (extremófilos) podem proliferar em ambientes absolutamente extravagantes, talvez tão extravagantes como o dos meteoritos, o dos cometas e o doutros corpos celestes de pequena dimensão. Através dos tempos, as teorias sobre a origem e evolução dos seres vivos têm sofrido altos e baixos e mais uma vez a quase centenária "panspermia biológica" de Arrhenius parece recuperar actualidade, apresentando-se agora como complemento ou alternativa à "panspermia química" na explicação da origem da Vida na Terra, mas não em todos os lugares do Universo. Aguardam-se com ansiedade os resultados de diversas missões espaciais que, a partir já do próximo mês de Junho, terão como seu destino Marte.

Prof. Dr. Hernâni L. S. Maia

Crack

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Se procura o software utilizado para quebrar a proteção de programas informáticos, consulte Crack (software).


Fumo de crack na latinha

Crack é uma droga de uso recreativo, sendo composto por pasta básica de cocaína misturada com bicarbonato de sódio, sólida em forma de cristal, que pode ser fumada.[1] A droga chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido a área de absorção pulmonar ser grande. Em relação ao seu preço, é uma droga mais barata que a cocaína.[2]

O uso de cocaína por via intravenosa foi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante sendo tão potente quanto a cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa - bastando um cachimbo, na maioria das vezes improvisado, como lata de alumínio furada por exemplo.

O crack eleva a temperatura corporal, podendo levar o usuário a um acidente vascular cerebral. A droga também causa destruição de neurônios e provoca no dependente a degeneração dos músculos do corpo (rabdomiólise), o que dá aquela aparência característica (esquelética) ao indivíduo: ossos da face salientes, braços e pernas ficam finos e costelas aparentes. O crack inibe a fome, de maneira que os usuários só se alimentam quando não estão sob o efeito narcótico. Além do mais, outro efeito da droga é o excesso de horas sem dormir, e tudo isso pode deixar o viciado facilmente doente.

O usuário de crack torna-se completamente dependente da droga em pouco tempo. Normalmente o viciado, após algum tempo de uso da droga, continua a consumi-la apenas para fugir aos desconfortos da síndrome de abstinência - depressão, ansiedade eagressividade - comuns a outras drogas estimulantes.

Após o uso, a pessoa passa a se tornar extremamente violenta, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria família, desestruturando-a em todos os aspectos, e depois volta-se contra a sociedade em geral. As chances de cura são muito baixas, pois exige a submissão voluntária ao tratamento por parte do dependente, o que é difícil, haja vista que a "fissura", isto é, a vontade de voltar a usar a droga, é grande demais. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem condições financeiras de custear tratamentos em clínicas particulares, ficando à merce do tratamento público de saúde (extremamente falho nessa área) ou de conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre são idôneas. É comum que o usuário começe, mas abandone o tratamento. Embora seja tão potente quanto à cocaína, a maior causa de morte entre os usuários são as dívidas com os traficantes.

O uso do crack - e sua potente dependência - frequentemente leva o usuário à prática de delitos, para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam em casa. Pode vender tudo o que estiver a disposicao, ficando somente com a roupa do corpo. Se for mulher, não terá o mínimo escrúpulo em se prostituir para sustentar o vício. O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la. É bom ressaltar que embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras, por dia.

Estudos relacionam a entrada do crack como droga circulante em São Paulo ao aumento da criminalidade e da prostituição entre os jovens, com o fim de financiar o vício. Na periferia dacidade de São Paulo, jovens prostitutas viciadas em crack são o nicho de maior crescimento da AIDS no Brasil.

O efeito social do uso do crack é o mais devastador, entre as drogas normalmente encontradas no Brasil. A droga arruina de tal forma a vida do consumidor do produto que, diz-se, no início as próprias quadrilhas de traficantes do Rio de Janeiro não permitiam a entrada da droga, entretanto recentes reportagens demonstram que atualmente a realidade é bem diversa, e o entorpecente já é o mais comercializado nas favelas cariocas. Atualmente, pode-se dizer que há uma verdadeira "epidemia" de consumo do crack no País, atingindo cidades grandes, médias e pequenas.

curiosidades sobre informatica

Trojan (Cavalo de Tróia)

Vírus de computador especializado em realizar alguma função local determinada dentro do computador hospedeiro e por isso, muitas vezes precisam da ajuda de outros vírus para se espalhar pelas redes de computadores. Esses vírus de computador são instalados discretamente e tem como ação possibilitar que seus criadores possam acessar dados confidenciais que estejam no computador e até executar comandos, sem que o usuário (ou o dono) do computador perceba.

Denominações: Trojan, Cavalo de Tróia

Spyware (Espião)

Vírus de computador especializado em espiar as ações do usuário na máquina. Muitos desses vírus são distribuídos através de programas gratuitos (free software e freeware) e seus distribuidores dizem ser apenas para fins de publicidade e não para dar golpes.

Denominações: Spyware, Espião

Vírus de Boot (Vírus no Sector de Inicialização)

É um vírus de computador que infectar a partição de inicialização do sistema operacional. Todo computador tem um setor de boot (setor de inicialização). Esse vírus invade esse setor e assim consegue ser ativado antes do sistema operacional ser carregado.

Denominações: Vírus de Boot, Vírus no Sector de Inicialização

Worm (Vermes, Minhocas)

Vírus de computador especializado em se espalhar rapidamente pela rede. Para ser facilmente espalhado pela rede, um vírus de computador precisa ser pequeno e ter grande habilidade de se copiar para as unidades de armazenamento fixo e removível.

Com o objetivo de fazer um vírus se espalhar rapidamente, os seus programadores priorizam a capacidade de o vírus se copiar e acabam deixando de lado o desejo de dar grandes prejuízos ao computador hospedeiro. O vírus ficando mais leve e menos complexo facilita o seu processo de disceminação.

Muitos dos criadores de vírus de computador, com a intenção de tornar suas criações mais conhecidas, criam worm (vermes).

Denominações: Worm, Vermes, Minhocas

NetBurst (Microarquitetura NetBurst, Intel NetBurst)

NetBurst é uma microarquitetura de processadores desenvolvida pela empresa Intel.

A Arquitetura NetBurst é uma Arquitetura Intel de 7ª geração.

A Arquitetura NetBurst é usada pelos processadores das famílias Pentium 4, Pentium D e Pentium Extreme Edition.

A Arquitetura NetBurst tem como principal características alcançar altas frequências com potência elevada, o que requer sistemas de resfriamento especiais e alto consumo de energia.

Denominações: NetBurst, Microarquitetura NetBurst, Intel NetBurst

Keylogger (Capturador de Teclas)

Vírus de computador especializado em copiar tudo o que é digitado no computador.

Denominações: Keylogger, Capturador de Teclas

Exploit (Explorador de Falhas)

Vírus de computador especializado em explorar alguma falha no sistema operacional ou em algum outro programa de computador em execução.

Denominações: Exploit, Explorador de Falhas

Hyper-Threading (HT, Tecnologia Hyper-Threading)

Hyper-Threading é o nome dado à tecnologia da Intel que permite que um único processador físico simule dois processadores virtuais, executando, desta maneira, dois fluxos de instruções diferentes (sejam eles processos ou "threads") simultaneamente, o que aumenta a taxa de utilização, a taxa de rendimento e o desempenho do processador. Cada núcleo lógico de um núcleo físico com tecnologia Hyper-Threading possui o seu próprio estado de arquitetura (Architecture State), ou seja, possui os seus próprios registradores de controle, registradores de segmentos, registradores de dados, registradores de depuração. Cada núcleo lógico possui também o seu próprio APIC (controlador avançado programável de interrupções) e a maior parte dos MSRs (Model Specific Registers).

O Hyper-Threading começou a ser usado nos novos processadores Pentium 4 que eram chamados de Pentium 4 HT e tinham um ganho médio de desempenho de 30% em relação aos equivalentes que não possuiam a tecnologia HT (Hyper-Threading).

A Tecnologia Hyper-Threading foi criada para melhora o desempenho dos processadores Pentium 4 maximizando o uso dos recursos de execução existentes na microarquitetura Intel NetBurst e aproveitar a característica de multiprocesso dos sistemas operacionais modernos.

Denominações: Hyper-Threading, HT, Tecnologia Hyper-Threading

a química das drogas

Cocaína


Estrutura química de Cocaína
Cocaine-3D-balls.png
Cocaína
Star of life caution.svg Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
3-benzoiloxi-8-metil-8-azabiciclo. [3.2.1]octano-4-carboxilico
Identificadores
CAS50-36-2
ATCN01BC01
PubChem5760
DrugBankAPRD00080
Informação química
Fórmula molecularC17H21NO4
Massa molar303,353 g/mol
Farmacocinética
Biodisponibilidade ?
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História


Andes e arbusto da coca

A folha de coca (cujo consumo mesmo se em grandes quantidades, leva apenas à absorção de uma dose minúscula de cocaína) é usada comprovadamente há mais de 1200 anos pelos povos nativos da América do Sul. Eles a mastigavam para ajudar a suportar a fome, a sede e o cansaço, sendo, ainda hoje, consumida legalmente em alguns países (Peru, Bolívia) sob a forma de chá (a absorção do princípio activo, por esta via, é muito baixa). Os Incas e outros povos dos Andes usaram-na certamente, permitindo-lhes trabalhar a altas altitudes, onde a rarefação do ar e o frio tornam o trabalho árduo especialmente difícil. A sua ação anorexiante (supressora da fome) lhes permitia transportar apenas um mínimo de comida durante alguns dias.

Inicialmente os espanhóis, constatando o uso quase religioso da planta, nas suas tentativas de converter os índios ao cristianismo, declararam a planta produto do demónio.

O seu uso entre os espanhóis do novo mundo espalhou-se, sendo as folhas usadas para tratar feridas e ossos partidos ou curar aconstipação/resfriado. A coca foi levada para a Europa em 1580.


Primeiras experiencias

Alcalóide cocaína foi isolado das folhas de coca por Niemann em 1860, que lhe deu o nome. No entanto há boas razões para supor que foi antes Friedrich Gaedcke que a isolou pela primeira vez em 1856[carece de fontes].

Vinho Mariani

O seu uso espalhou-se gradualmente. Após visitas à America do Sul de cientistas italianos que levaram amostras da planta para o seu país, o químico Angelo Mariani desenvolveu, em 1863 o vinho Mariani, uma infusão alcoólica de folhas de coca (mais poderosa devido ao poder extrativo doetanol que as infusões de água ou chás usadas antes). O vinho Mariani era muito apreciado pelo Papa Leão XIII, que inclusivamente premiou Mariani com uma medalha honorífica.

A Coca-Cola seria inventada em parte como tentativa de competição dos comerciantes americanos com o vinho Mariani importado da Itália. A Coca-Cola continuaria desde a sua invenção até 1903 a incluír cocaína nos seus ingredientes[1], e os seus efeitos foram sem dúvida determinantes do poder atractivo inicial da bebida.

A cocaína tornou-se popular entre as classes altas no fim do século XIX. Entre consumidores famosos do vinho Mariani contavam-se Ulysses Grant, oPapa Leão XIII, que até apareceu na publicidade do produto e Frédéric Bartholdi (francês, criador da Estátua da liberdade), que comentou que se o vinho tivesse sido inventado mais cedo teria feito a estátua mais alta (um sintoma de excesso de autoconfiança típico).


Popularização

Anúncio à Coca-Cola com cocaína, c1900.

A cocaína foi nessa altura popularizada como tratamento para a toxicodepêndencia de morfina. Em Viena,Sigmund Freud, o médico criador da psicanálise experimentou-a em pacientes, fascinado pelos seus efeitospsicotrópicos. Publicou inclusivamente um livro Über Coca sobre as suas experiências. Contudo acabou por se desiludir com a dependência a que foram reduzidos vários dos seus amigos. Foi ele que a forneceu ao oftalmologista Carl Köller, que em 1884 a usou pela primeira vez enquanto anestésico local, aplicando gotas com cocaína nos olhos de pacientes antes de serem operados.

A popularidade da cocaína ganha terreno: Em 1885 a companhia americana Park Davis vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou liquido injectável sob o lema de "substituir a comida; tornar os covardes corajosos, os silenciosos eloqüentes e os sofredores insensíveis à dor". O fictional Sherlock Holmes (personagem de Arthur Conan Doyle) chega mesmo a injectar "cocaine" nas veias numa das histórias! Em 1909 Ernest Shackleton leva cocaína para a sua viagem à Antartica, assim como o Capitão Robert Scott.


Proibição

Apesar do entusiasmo, os efeitos negativos da cocaína acabaram por ser descobertos. Com o uso da cocaína pelas classes baixas e, nos EUA pelos afro-americanos, acabou por assustar as classes altas a um extremo que o seu óbvio potencial de dependência e graves problemas para a saúde nunca levaram. Os alertas racistas no sul dos EUA sobre os "ataques a mulheres brancas do Sul que são o resultado directo do cérebro do negro enlouquecido por cocaína" como exprimiu um farmacêutico proeminente, acabaram por resultar na regulação e posterior proibição da substância.

[editar]Uso moderno

Apesar dos motivos iniciais é consensual entre a comunidade médica que os elevados efeitos auto destruidores do consumo de cocaína são plenamente justificativos da proibição atual.

Crack.

O crack foi um desenvolvimento moderno do consumo da cocaína. É muito mais barato e fácil de consumir, e as comunidades pobres arruinam-se ainda mais por todo o mundo devido ao seu consumo.

Muitos usuários de cocaína, conhecendo o crack, começaram a utilizar somente ele, pois o efeito de euforia é mais forte do que da cocaína e por muitos não terem dinheiro para comprar ambas, compram somente o crack. Porém isso não é uma regra, muitos usuários de cocaína e crack, podem ter uso abusivo de ambas ou mais ainda da cocaína, depende da assimilação do usuário.

Muitos preferem a cocaína ao crack, pois já estão viciados psicologicamente no ritual da inalação. O crack é dito por muitas pesquisas que é mais barato do que a cocaína, porém não é o que foi constatado, pois comparando a utilização de ambas as drogas, o crack acaba mais rápido e o efeito, apesar de mais forte, é mais curto que o da cocaína, durando cerca de 20 minutos no máximo.

A cocaína não produz o mesmo efeito depois de anos de utilização, então no usuário que consome 1 grama, ela não causa mais efeito e o crack com a sua utilização, o usuário sente um efeito potente, mas bem menos durador do que a cocaína, isso é, o usuário constata um efeito rápido com a cocaína, mas com o crack, a duração do efeito é menor, pois na hora que o usuário solta a fumaça, o efeito já está no fim.

Muitos usuários de cocaína ou crack abusam e muito, da droga, pois o seu efeito é rápido e a vontade de ter as sensações causadas psicologicamente pela droga novamente fazem com que muitos utilizem doses maiores, o que, às vezes, pode acabar numa overdose.


Erythroxylum coca

Erythroxylon coca.

A cocaína é extraída das folhas do arbusto da coca (Erythroxylon coca). A Erythroxylum coca possui gineceu constituído de três carpelos, cálice de cinco sépalas e corola de cinco pétalas. Suas folhas são alternadas, elípticas e pecioladas.


Química

A cocaína é um alcalóide tropano. O seu nome completo é metil-(1R,2R,3S,5S)-3-(benzoiloxi)-8-metil-8-azabiciclo[3.2.1]octano-2-carboxilato.

A cocaína pode ser consumida de várias formas, mas o modo mais comum é pela aspiração da droga, que normalmente se apresenta sob forma de pó. Alguns consumidores chegam a injetar a droga diretamente na corrente sangüínea, o que eleva consideravelmente o risco de uma parada cardíaca irreversível, causada por uma overdose.


Administração

Pó de cocaína

A cocaína tem o aspecto de um pó branco e cristalino (é um sal, hidrocloreto de cocaína).

O crack é a cocaína alcalina, não salina - e é obtido da mistura da pasta de cocaína com bicarbonato de sódio. O crack é conhecido nos Estados Unidos da América como a cocaína dos pobres e mendigos.

A via intravenosa é mais perigosa devido às infecções. Ela produz maior prazer e efeitos mais pronunciados, também provocando alucinações. A via inalatória é de início mais insidioso, pode levar à necrose (morte por degeneração da células epiteliais ou outros tipos de degeneração de tecido) damucosa e septo nasais. O crack é uma forma básica livre, que é fumada. Os seus efeitos são similares aos da via intravenosa.

O consumo da cocaína vem diminuindo desde 1990. Desde essa data o seu crescimento tem sido substituído pelo da heroína. O consumo de cocaína e heroína ("speedballs" ou "moonrocks"), uma prática extremamente perigosa, tem aumentando recentemente.

A cocaína, como grande parte das drogas, é metabolizada no fígado. Conjuga-se com etanol, presente nas bebidas alcoólicas, formando cocaetileno, ainda mais tóxico.[1]


Mecanismo de ação

A cocaína é um inibidor específico das proteínas transportadoras da dopamina e em grau menor da noradrenalina, existentes nos neurônios. A dopamina e a noradrenalina são neurotransmissores cerebrais que são secretados para a sinapse, de onde são recolhidos outra vez para dentro dos neurônios por esses transportadores inibidos pela cocaína. Logo o seu consumo aumenta a concentração e duração desses neurotransmissores. Os efeitos são similares aos das anfetaminas, mas mais intensos e menos prolongados. Causa constrição local.

A noradrenalina e a adrenalina são neurotransmissores e hormona do sistema simpático (sistema nervoso autônomo). Elas são normalmente activadas em situações de stress agudo ("lutar ou fugir") em que o indivíduo necessita de todas as forças e agem junto aos órgãos de modo a obtê-las: aumentam a contração e freqüência cardíacas, aumentam a velocidade e clareza do pensamento, destreza dos músculos, inibem a dor, aumentam a tensão arterial. O indivíduo sente-se invulgarmente consciente e desperto, eufórico, excitado, com mente clara e sensação de paragem do tempo. A cocaína é um forte potenciador do sistema nervoso simpático, tanto no cérebro, como na periferia.

A dopamina é o neurotransmissor principal das vias meso-limbicas e meso-estriadas. Essas vias têm funções de produzir prazer em resposta a acontecimentos positivos na vida do indivíduo, recompensando a aquisição de novos conhecimentos ou capacidades (aprendizagem), progresso nas relações sociais, relações emocionais e outros eventos. O aumento artificial da dopamina nas sinapses pela cocaína vai ativar anormalmente essas vias. O consumidor sente-se extremamente auto-confiante, poderoso,irresistível e capaz de vencer qualquer desafio, de uma forma que não corresponde à sua real situação ou habilidade. Com a regularização do consumo, as vias dopaminérgicas são modificadas e prevertidas ("highjacked") e a cocaína passa de facilitadora do sentimento de sucesso e confiança face a situações externas, para simples recompensa derivada diretamente de um distúrbio bioquímico cerebral criado pela própria droga, que é dela dependente. O bem-estar desliga-se de condicionantes externas, passando a ser apenas uma medida do tempo passado desde a última dose. A motivação do indivíduo torna-se "irreal", desligando-se dos interesses sociais, familiares, emocionais, ambição profissional ou aprendizagem de formas de lidar com novos desafios, para se concentrar apenas na droga, que dá um sentimento de auto-realização artificial de intensidade impossível de atingir de outra forma.


Enquanto anestésico local

A cocaína também é um eficaz anestésico local simpatomimético, tendo sido o primeiro do grupo a ser usado, e ainda em uso hoje em algumas cirurgias respiratórias. O mecanismo desta ação é totalmente diferente da ação psicotrópica. Ela é um bloqueador dos canais de sódio nos neurônios dos nervos periféricos. O influxo de sódio desencadeia o potencial de acção e sem esse influxo são incapazes de enviar os seus impulsos. Os nervos sensitivos são geralmente os primeiros a ser bloqueados. A cocaína tem vindo a ser substituída por outros fármacos não psicotrópicos e sem outros efeitos adversos mas com a mesma função. Ela apresenta efeitos secundários devido à quantidade que extravasa para o sangue, provocando estimulação simpática (hipertensão, taquicardia) e mesmo convulsões.


Toxicologia

Os sintomas de envenenamento pela cocaína referem-se sobretudo ao sistema nervoso central. Ela estimula os centros respiratórios, elevando a velocidade e profundidade da respiração.


Efeitos

Há efeitos imediatos, que ocorrem sempre após uma dose moderada; efeitos com grande dose; efeitos tóxicos agudos que têm uma probabilidade significativa de ocorrer após cada dose; efeitos no consumidor crônico, a longo prazo.

A cocaína pode causar malformações e atrofia do cérebro e malformações dos membros na criança se usada durante a gravidez. Ela pode ser detectada nos cabelos durante muito tempo após consumo, e o seu uso pela mãe é comprovado desta forma em bebês.


Efeitos imediatos

Muitos efeitos devem-se à estimulação dos sistemas simpático e dopaminérgicos diretamente. A cocaína causa danos cerebrais microscópicos significativos com cada dose. Com o início do consumo regular os danos tornam-se irreversíveis.

Os seus efeitos imediatos duram 30-40 minutos. Entre os efeitos descritos da droga no sistema nervoso central estão: euforia, sensação de poder, ausência de medo e ansiedade, agressividade, excitação física, mental e sexual, anorexia (perda do apetite), insônias, delírios, cardiovasculares, aumento da força e frequência cardíacas, palpitações (sensação do coração a bater rápido contra o peito), hipertensão arterial, vasoconstrição, além de urgência de urinação, tremores, midríase, dilatação da pupila, hiperglicemia, suor e saliva grossa, dentes anestesiados.


Efeitos em altas doses

Convulsões e depressão neuronal ocorrem com doses mais altas. No entanto, a dose exata que vai causar um tipo de efeito mas não outro em um indivíduo, é indeterminável. Também podem ocorrer alucinações, paranóia (geralmente reversível), taquicardia, convulsões, mãos e pés adormecidos, depressão do centro neuronal respiratório, depressão vasomotora, e até mesmo coma e morte.

As overdoses de cocaína são rapidamente fatais. Caracterizam-se por arritmias cardíacas, convulsões epilépticas generalizadas e depressão respiratória com asfixia. Se a morte não ocorrer em até 3 horas após o início dos sintomas, o doente deverá se recuperar, demorando algum tempo para que isso ocorra.


Efeitos a longo prazo

A cocaína apresenta fenômeno de tolerância bem definido e de estabelecimento rápido. Para obter os mesmos efeitos, o consumidor tem de usar doses cada vez maiores. Provoca danos cerebrais extensos ao fim de apenas alguns anos de consumo.

A cocaína não tem síndrome física bem definida (como por exemplo o da heroína), no entanto os efeitos da sua privação não são subjetivos. Após consumo de apenas alguns dias, há universalmente: depressão (muitas vezes profunda), disforia (ansiedade e mal estar), deterioração das funções motoras, elevada perda da capacidade de aprendizagem, com perda de comportamentos aprendidos. A síndrome psicológica da cocaína é extremamente poderosa. Está comprovado em estudos epidemiológicos que a cocaína é muito mais viciante que a maconha (cannabis), o álcool ou o tabaco.

A longo prazo (alguns anos) ocorrem invariavelmente múltiplas hemorragias cerebrais com morte extensa de neurónios e perda progressiva das funções intelectuais superiores. São comuns síndromes psiquiátricas como esquizofrenia e depressão profunda unipolar.

Efeitos a longo prazo:

  • Perda de memória
  • Perda da capacidade de concentração mental
  • Perda da capacidade analítica.
  • Falta de ar permanente, trauma pulmonar, dores torácicas
  • Destruição total do septo nasal (se inalada).
  • Perda de peso até níveis de desnutrição
  • Cefaleias (dores de cabeça)
  • Síncopes (desmaios)
  • Distúrbios dos nervos periféricos ("sensação do corpo ser percorrido por insetos")
  • Silicose, pois é comum o traficante adicionar talco industrial para aumentar seus lucros, fato verificado em necropsia, exame de hemogramas.


Efeitos tóxicos agudos

Estes efeitos podem ocorrer ou não após uma única dose baixa, mas são mais prováveis com o uso continuado e em doses altas:

  • Arritmias cardíacas: complicação possivelmente fatal.
  • Trombose coronária com enfarte do miocárdio (provoca 25% dos enfartes totais em jovens de 18-45 anos)
  • Trombose cerebral com AVC.
  • Outras hemorragias cerebrais devidas à vasoconstrição simpática.
  • Necrose (morte celular) cerebral
  • Insuficiência renal
  • Insuficiência cardíaca
  • Hipertermia com coagulação disseminada potencialmente fatal.


Tratamento da toxicodependência

A dose de cocaína ou outro estimulante é gradualmente diminuida. Se ocorrerem distúrbios psiquiátricos, devem ser tratados com antipsicóticos e antidepressivos. É possível que os agonistas do receptor da dopamina amantadina, sejam úteis no futuro, para minimizar as síndromes de privação.

A imunização ativa é uma nova terapia que poderá ser promissora. Consiste em "treinar" o sistema imunitário para destruir a cocaína como se fosse um invasor.


Epidemiologia da toxicodependência

A cocaína é a segunda droga ilegal mais consumida, depois da maconha.


Tráfico e custos sociais da cocaína

A cocaína é ilegal em todos os países do Mundo. A planta da coca é cultivada legalmente em volumes controlados em vários países da América do Sul, mais especificamente na cordilheira dos Andes (Bolívia, Colômbia e Peru). As folhas da coca são legais nesses países, mas a sua refinação é proibida.

A cocaína é a droga com maiores vendas em dinheiro na maior parte do mundo. Nos EUA em 2003 terão sido vendidos 35 milhões de dólares do produto.

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